segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Convento de Mafra

Igreja de S. Francisco


Mas a principal campanha moderna da igreja de São Francisco foi efectuada na época barroca, remodelação que confere ao interior do templo, ainda hoje, o estatuto de igreja forrada a ouro. Com efeito, nos inícios do século XVIII, todo o interior, engrandecido ao longo da centúria anterior, foi objecto de uma remodelação radical, construindo-se, então, os principais retábulos de talha dourada.

Aqueduto das Águas Livres


Aqueduto das Águas Livres

Em 12 de Maio de 1731, foi autorizada por alvará régio de D. João V, a construção do Aqueduto das Águas Livres. As obras de construção foram iniciadas em Agosto de 1732 e em 1748 o Aqueduto entra em funcionamento, abastecendo água à cidade de Lisboa. A extensão do Aqueduto, incluindo todos os seus ramais é de 58 135 metros.
Hoje ainda causa admiração a grandeza desta obra, pelo seu comprimento e também pelas técnicas e materiais utilizados, tendo em conta a época da sua construção (o século XVIII).

Palácio de Mateus


A Casa de Mateus é uma edificação barroca de planta rectangular, estruturada em dois corpos laterais, implantados no sentido noroeste/sudeste, e ligadas entre si, ao nível das fachadas posterior e principal, por duas alas que lhe são perpendiculares, conferindo ao conjunto uma grandiosidade e beleza de raro efeito plástico e arquitectónico.

É de admitir a possibilidade de intervenção de Nicolau Nasoni nesta edificação, pelo menos na secção central do palácio (fachada poente), conforme defende Vasco Graça Moura, no seu livro “Figuras em Mateus” (pp. 18-28), com base nos estudos de Robert Smith sobre este arquitecto toscano, a que acrescenta uma bem estruturada fundamentação técnica e artística em abono desta teoria, remetendo para o período que medeia entre 1739 e 1743, a elaboração do “risco” e respectiva execução da secção referida.

Torre dos clérigos - Porto

Igreja dos Clérigos

Formado por diversas dependências - igreja, enfermaria, secretaria e torre sineira -, este é um emblemático edifício do barroco portuense. Da autoria do italiano Nicolau Nasoni, a sua edificação foi da responsabilidade da Irmandade dos Clérigos, congregação religiosa surgida no Porto em 1707.
O ex-líbris desta casa religiosa é a torre sineira, mais conhecida por Torre dos Clérigos, edificada entre os anos de 1757 e 1763. Com uma altura de 75,6 metros, está seccionada em seis zonas repartidas por quatro andares, com uma movimentada decoração de motivos fitomórficos própria da linguagem escultórica do barroco. Virada para ocidente está a fachada principal da torre sineira, onde foi rasgada a porta de acesso.
Como referenciar este artigo:Igreja dos Clérigos. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-11-20].Disponível na www: .

Convento de Mafra




Palácio-Convento de Mafra

Obra central do reinado de D. João V, o Palácio-Convento de Mafra é um projecto colossal do Barroco português setecentista. Os seus números são impressionantes, como o testemunha a sua imensa área de aproximadamente 40 000 m2, a sua fachada nobre com 232 metros, os seus 29 pátios e 880 salas e quartos, as suas 4500 portas e janelas ou ainda as 217 toneladas que pesam os 110 sinos do seu famoso carrilhão.
A fundação deste mosteiro de frades arrábidos deveu-se a uma promessa feita por D. João V, caso a rainha fosse bem sucedida na concepção de um filho que tardava. Este promessa cumpriu-se em 1711, ano em que nasceu a princesa Maria Bárbara, a primogénita da descendência do Magnânimo. O projecto inicial estava dimensionado para acolher treze frades arrábidos, mas no final da construção albergou mais de 300. Com efeito, o número de frades e a dimensão do empreendimento sofreram um grande incremento.
No entanto, o projecto de Mafra só se iniciou a 17 de Novembro de 1717, realizando-se a sua sagração em 1730. As obras prosseguiram até 1737, altura em que o convento mafrense se encontrava praticamente concluído. Acrescentos posteriores vieram enriquecê-lo com obras de arte e a criação de outras dependências, como foi o caso da notável biblioteca conventual. Os planos de Mafra são entregues a João Frederico Ludovice, arquitecto-ourives alemão e que se formou no atelier romano de Carlo Fontana.
Para cada um dos lados da igreja estendem-se os corpos rectangulares e tripartidos do palácio, terminando nos ângulos por dois torreões de cobertura bolbosa, inspirados na antiga Casa da Índia do Terreiro do Paço lisboeta, destruída no terramoto de 1755.
O cenóbio possui diversas dependências que integram o museu do Palácio Nacional de Mafra, enquanto outras foram reconvertidas para acolherem a Escola Prática de Infantaria. Nestas áreas destacam-se algumas dependências pela sua qualidade artística.
Entre as inúmeras dependências, o realce vai para a Casa da Livraria, obra de excepcional qualidade executada por Manuel Caetano de Sousa entre 1771 e 1794. Equilíbrio, monumentalidade e clareza são alguns dos atributos desta imensa biblioteca rocaille, reunindo nos seus dois andares de estantes alguns dos mais notáveis livros impressos - fundo bibliográfico que conta com cerca de 40 000 exemplares.


Como referenciar este artigo:
Palácio-Convento de Mafra. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-11-20].